COMO FUMAÇA
Creio que está mais do
que na hora, de colocar meus
pés na estrada da vida, e
como fumaça, desaparecer.
Não importa como vou caminhar,
também, não quero saber se houve o
cuidado de se traçar uma rota segura antes,
afinal, não existe um destino certo mesmo.
A bagagem, que cabe bem em meu alforje,
é constituída por um pouco de saudade,
misturada com os pedaços
que sobraram de mim.
Quiçá, daqui para frente, a
densidade maior estará
concentrada na batalha que vivo enfrentando,
por não conseguir me ver livre das lágrimas.
Não sei se o que passo está
resumido neste relato, quem
sabe, o desejo é procurar uma
nova manhã, e como ultimado,
aniquilar o inexistente implacável.