RUMOS DO AMOR...
Viestes como as nuvens que chegam
De mansinho sopram e assopram
Colorindo os ares e a paisagem
Envolvendo num abraço de encanto
As barreiras do dia a dia rompendo
Nos confins de cada poesia
Montando tempestade...
Profetizastes a felicidade
O vento a levou de folha em folha
Varrendo o outono ao teu encontro
Viestes preencher o vazio
Se aninhando no eterno cio
Onde estou adormecido e acarinhado
Sufocado de saudade enlouquecedora
Existente no céu das verdades...
Um mundo só de solidariedade
Com a chegada esperada da Primavera
Um novo canto de súbito despertou
A canção da quimera que o amor sugou
Soprado, plantado e no fim germinado...
Os nossos laços cortei...
Tão depressa como cheguei
O amor quando chega, não tem lei,
Nem desculpas, somente chega
E te agarra à mão em toda a sua emoção...
Para partir tão depressa como chegou...
Viestes meu amor sem se dar conta
Do tanto quanto em ti tudo remonta
Como uma semente que cresceu...
Regada pelas águas das lágrimas floresceu
Viestes devagarzinho aos pouquinhos
Espalhando afagos, dengos e carinhos
E entre as pétalas deixastes só solidão
Porque no fim do Verão... virastes o olhar
Quando nos olhos do amado nasceu outra paixão
À deriva... as tuas mágoas fostes afogar e
Fluistes um agradável e suave perfume
Como um espinho que surgiu e floriu...
Meu coração logo sorriu e renasceu
O amor quando chega, não tem lei
Das desculpas se desfaz como rei
Viestes tão charmoso e delicado
Atender ao meu chamado
E assim como viestes formoso
Logo tão breve me deixastes
Fostes embora... me abandonastes
Sem sequer um só aviso...fugistes
Com o vento que partiu... sumiu!
Fiquei solitária a ver navios
Levou junto a aurora lá de fora
Simples... Antes da hora
Não vistes aqui quem chora
Quem nunca não mais sorriu...
O melhor de todos os risos
Calado na boca e nos lábios
Pedindo pela tua volta... AGORA!
Trio: Enise & Salomé & Hilde