NOITES DE VERÃO...

É engraçado…Considero-me uma pessoa feliz e privilegiada pela família e amizades que tenho e afortunado nalguns amores que vivi, sou feliz e realizado o ano inteiro, mas…No Verão acontece sempre algo de mágico, foi no Verão que reencontrei a minha fé em Deus, que conheci Taizé a minha casa espiritual, foi no Verão que vivi alguns dos episódios mais memoráveis com os meus amores que marcaram a minha existência para sempre, e é ainda no Verão que os amores aparecem e vão, mas aparecem fazendo-me ainda mais feliz, e este poema é dedicado a esses dias, mas principalmente às Noites de Verão onde aprendi que tudo pode acontecer…

NOITES DE VERÃO…

Numa magia

Que só acontece

Ao entardecer

Hora sagrada

Marcada

Para te conhecer

E te rodear

De afectos sem fim

Resgatado ao deserto emocional

Que por vezes habita em mim

Mas não

Nas

Noites de Verão

Beijo tirado

Ao vento das areias

Para to oferecer

Por um amor

Que tal como as ondas

Aparece e desaparece

Mas não deixa nunca

De aparecer

Nessas

Noites de Verão

E envolver-me

Na sua doce volúpia

Ao pé do mar

No cimo de uma montanha

De um amor evanescente

Mas poderoso ao ponto

De erguer tarefas tamanhas

Como construir

Para Ti

Um edifício eloquente

Do mais puro

E portentoso afecto ardente

Que arde de facto

Mas que não me queima

Não me deixa enfraquecer

Só quando surgir

A Estação das Chuvas

Na qual te irás dissolver

Depois duma fusão de corpos

Que julgávamos eterna

De juras dum mesmo sangue

Ao qual julgámos pertencer

Tal como fizemos parte

Do mar que nos beijou

E das estrelas

Que nos abençoou

Nas estradas

De um certo destino

Que por um breve lapso de tempo

Julguei que irias partilhar comigo

Em lágrimas da mais imaculada felicidade deitadas

Mutuamente

Ao observar

O erguer

Da nossa primeira aurora

Sem sabermos

Mas pressentindo

Que era chegada a hora

De cada um

Para o seu local individual

Na Estrada que leva ao Infinito

Se ir embora…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 11/09/2008
Reeditado em 11/09/2008
Código do texto: T1172546
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