Ópio de Amor
Adentrava a solidão rasgando meus olhos,
O ópio da indolência esmorecia puxando
À tarde pelas mangas envolta nos lírios
Ouvindo a suplica do sonho orvalhado
Meus olhos ardiam na imensidão ardente
Procurando o vento consolador, intermedio de amor
Que espreguiça a noite bacante adormecida,
Enquanto meus pés afundavam em caminhos de dor
Calaram-se as vozes eremitas, as ironias
Morreram as brumosas nuvens retalhadas,
sobraram as noites veladas nos sonhos,
A supremacia macia das estrelas enamoradas