EU...
(Poema/letra vagamente baseado no belíssimo “Silent Void” do David Fonseca)
Tenho uma Fé
No Invisível
E em tudo
Do tamanho
De vastos Universos
Mas perdi a que tinha em Ti
Quando reparei
Que as rimas se tinham tornado desconexas
E perdido a lógica o verso…
Eu…
Mato saudades
Rasgando as Tuas fotografias
Esperando que elas passem de mim
Como as nossas tempestades…
Eu…
Pego nessas tempestades
E pinto quadros
De duvidosa qualidade
Onde não moras Tu
Mas ainda mora a tal saudade…
Eu…
Escrevo
Desenho
E ergo mundos
Para alguém os habitar
Mas não Tu
Que eras locatária
Mas que soubeste
Perder esse lugar…
Eu…
Escrutino
Cosmos literários
E sensoriais
Buscando a resposta
De não fazeres
Mais parte
Dos meus ideais
Eu…
Faço prosa
Para desanuviar
E poesia
De forma
A melhor respirar
Na esperança
Que a Ti
Novo e Futuro amor
Coisas belas
Possamos explorar
Como a última página
De um livro meu
Antes de ir para a publicação
A derradeira lágrima
Antes duma despedida
E uma nova
Como sinal
De teres chegado
Pois podes estar
Noutro ponto do espaço
E do tempo
Não me importo
Desde que nunca deixes
Esse ponto mágico
Bem junto do meu coração,
A meu lado…
Eu…