FEMININA
«Tu vens
e me toca,
assim
bem suave,
me amansa;
viro uma
doce-menina...»
(Ivi, “Menina-Mulher”)
Acaricia minha mão na tua pele.
E, estremecidos, semeio beijos roçagantes.
Batemo-nos com golpes delicados de esgrima...
Tangemo-nos como sinos de estrondo melodioso...
Flutuam sons ofegantes nas nossas bocas...
Anunciamos comoções aprimoradas,
perfeitas redondezas de amores levemente imaginados...
E tornamo-nos mansos, como gatinhos familiares...
Ergues-te mulher-menina incandescente.
E sou varão ténue, moderado como as ondas
pacíficas do mar em que Vénus surgiu deusa linda...