Conclusões
Um dia fiquei plainando em nuvens de dúvidas
A procura de respostas para o meu agora
Percebi que não tinha solução, só suposição
Revi minhas palavras e atitudes
Refiz minhas perguntas e respostas
Desenhei toda a vida antes de tudo
E novamente perdi todas as apostas
Coloquei em voga o meu merecimento
Tirei a conclusão de que não merecia tanto sofrimento
Pensei ter feito exatamente o que deveria
Foi em vão, não serviu toda minha artilharia
Deixei minha culpa de lado
Resolvi observar o outro lado
Lá se sofre um tanto pior
Mas as atitudes eu sei de cor
Orgulho, lamento e espera
Ajuda, amor e companhia; quisera?
Não. Preferiu a sua razão
Esqueceu da ajuda trazida por união
Talvez não tenham sido exatas palavras, os motivos
Talvez remoa, esconda, o real adjetivo
Enquanto tento dormir, sonho acordado
Sonhando explicações e principalmente,
A já ilusória volta ao meu lado
Deixo exposta a mão estendida
Para que agarre em ajuda e nova paixão desmedida
Num dia tudo há de melhorar
No outro, o pior virá
Tenho cá oscilação de esperança
Tempestade e bonança
Cansei de tentar esquecer
Resta-me apenas viver
Cuidar de mim
Respirar trabalho, amigos, diversão e arte
Quero dizer sim
Prerrogativas de um sofrimento
Deixai serem levadas ao vento
Sofre quem vive de lamento
Doente do corpo, há cura por medicamento
Doente da mente....só o esquecimento!
Quisera motivos reais para esquecer
Lamento, estarei aqui pronto para te rever
Enquanto afirmas seu título
Resta-me não passar por ridículo
Os mil perdões cessaram
As lições de ser só começaram
Figura em mim, o homem que quer o próprio bem
E que não desiste do amor de que é refém
Mas sossega, usa toda paciência que tem
E, de maneira alguma, deseja o teu desdém.
Num plano futuro, mas não distante
Quiçá longe de problemas e causas aflitas
Nossas juras serão reditas.
Gabriel D´Nasc
(algum lugar do passado)