TEU ESCRAVO
Sempre prostrado aos teus pés!
Alienado como teu legitimo escravo.
Atendendo teus caprichos, desejos,
necessidades e toda tua vontade,
quando tu me queres.
Servo inconteste me subjugo,
me perturbo, me pergunto, mas as
situações me confundem. Por mais
que procure uma fuga, uma estratégia,
uma resposta, não consigo definir o teu ser.
Voltar correndo pra teus braços,
sob o domínio do teu olhar ou até
mesmo por uma simples insinuação do teu
desejo são marcas constantes; porque me
humilho, ardo de luxúria, queimo de paixão.
Eterna pergunta que me assola a mente e
eterna resposta que cisma em não aparecer.
Amor incontido, fogo represado em meu ser,
Quanto mais me castigo, mais cresce o desejo de te ter.
Quanto mais olho para teu interior, procurando
teu ser mais me afogo em mágoas, não sei para
aonde ir, sigo em todas as direções, mas enfim o infinito
não tem beira, insisto em enxergar o que acontece,
mas cada vez fico mais cego.
Teu eterno desfazer, destrói tudo que faço, me sinto um
verdadeiro descontrolado, quanto mais te quero, mais te
perco na imensidão do nada. Fronteiras e mais fronteiras
aparecem como mágica, tento ultrapassá-las, no entanto
acabo sempre tropeçando em obstáculos que não enxergo,
não entendo, não desvendo.
Em instantes, passo do tudo para o nada, minutos viram
momentos intermináveis acabo vivendo de expectativas,
que insistem em não se consumar. Jeitos insanos, profanos,
que me machuca, que tem prazer de ferir até o inconsciente,
como uma estaca que fere o meu peito.
Desvendar-te, que eterno desafio que me persegue, quando
tudo leva a crer que encontrei uma resposta, uma maneira de
enfrentar-te, sempre volto ao inicio.
Sempre prostrado aos teus pés!