TODOS OS PECADOS
TODOS OS PECADOS
Paulo Gondim
05/09/2008
Sem qualquer resistência estou
Entregue a teus carinhos
Como criança indefesa
Que tem medo de escuro
E fazes de mim o que bem queres
Explora. Dilacera. Disseca.
Imola como oferenda de teus caprichos
E me vejo, envolto em tuas garras
Mero instrumento de tua lascívia
Devorado pelos teus desejos
Presa inerte, afogado nos teus beijos
E assim o seqüestro continua
Cárcere privado de pobre criatura
Sob os gritos sensuais de tua voz rouca
Banhado no suor de teu corpo sem roupa
E, na ausência de qualquer virtude,
Todos os pecados são invocados
Todos sem nenhum perdão
E um anjo nos abre o céu da luxúria
E nos entregamos a esse amor pagão