UM BANHO DE SEDUÇÃO
Quisera a sorte dessa água que despenca do chuveiro;
Do bem-aventurado banheiro, santuário de teu corpo nu;
Ver o que suplanta um céu azul, investigar teu corpo inteiro;
A exalar tão magnífico cheiro, testemunhando o devaneio que és tu!
Se fosse eu essa toalha tão afortunada;
Não te abandonaria por nada e grudaria por toda tua nudez;
Enxugar-te-ia sem rapidez e flertaria com tua pele molhada;
Seriam tuas curvas minha estrada, seria tua sedução minha insensatez!
Se porventura o sabonete que te alisa fosse a palma de minha mão;
Atrevida se faria minha intenção, de lentamente viajar em ti;
De alto a baixo te sentir, enlouquecer meu ser e entorpecer o coração;
Deliciosa sensação, de em teus detalhes investir!
Porque a sorte dos sentidos está no tato que te acha;
E vão seguindo meus instintos em marcha, até o encontro com teu cio;
Felicidade é encher de ti o meu vazio, ter o corpo que no teu se encaixa;
Ser a paz que te relaxa, ser o cobertor de teu frio!