UM BANHO DE SEDUÇÃO

Quisera a sorte dessa água que despenca do chuveiro;

Do bem-aventurado banheiro, santuário de teu corpo nu;

Ver o que suplanta um céu azul, investigar teu corpo inteiro;

A exalar tão magnífico cheiro, testemunhando o devaneio que és tu!

Se fosse eu essa toalha tão afortunada;

Não te abandonaria por nada e grudaria por toda tua nudez;

Enxugar-te-ia sem rapidez e flertaria com tua pele molhada;

Seriam tuas curvas minha estrada, seria tua sedução minha insensatez!

Se porventura o sabonete que te alisa fosse a palma de minha mão;

Atrevida se faria minha intenção, de lentamente viajar em ti;

De alto a baixo te sentir, enlouquecer meu ser e entorpecer o coração;

Deliciosa sensação, de em teus detalhes investir!

Porque a sorte dos sentidos está no tato que te acha;

E vão seguindo meus instintos em marcha, até o encontro com teu cio;

Felicidade é encher de ti o meu vazio, ter o corpo que no teu se encaixa;

Ser a paz que te relaxa, ser o cobertor de teu frio!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 05/09/2008
Código do texto: T1162919
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