Verdades Minhas
Mentem-me tuas falas
Palavras que de sal se evaporam
Descendo os montes
Contaminando os bosques floridos
Que outrora te saudavam.
Que vejo agora?!
Horas salobras, choradas
Lamentando ricas verdades
Bordadas em palavras tão bonitas!
E ainda que ardidas a dor que tu me doas
E este mal aqui, pousado, vive à toa
Salgando a alma de quem ama docemente...
Ah, meu amado, por que mentes?!
(Marisa Rosa Cabral)