A ETERNIDADE
Setembro de 2.005
A eternidade nos privou
do teu lauto convívio,
da paciência reconfortante
e de todo nosso alívio.
A eternidade nos legou
a benfeitoria da tua vida,
a grandiosidade do teu ser,
e o sentimento de tua partida.
A eternidade nos deixou
mais pobres que dantes,
menos nós que nós mesmos,
e da grandeza mais distantes.
A eternidade nos premiou
com tua presença delicada,
com teu ombro caridoso,
com tuas faces de fada.
A eternidade nos solicitou
o teu retorno ao seu seio,
devolvemos-te com pesar,
com nossa vida partida ao meio.
Poema inspirado na lembrança dos 100 anos de nascimento de minha avó materna, Maria de Lourdes de Souza, nascida em 23 de outubro de 1.905 e falecida em 8 de agosto de 1.991, aos 85 anos.
2.005