Analogia dos caminhos do amor
Quando confusa, a percepção não atua
Quando, estando em casa, se sente na rua.
Ao se notar sem amor flutua relegado
Sobre todos os amores um dia descartados
Quem sabe, seja o trânsito deles nas cercanias
Transpassando as células como energia
Causando um caos quando não deveria
Relegando os seres que a eles não percebia
Uma desordem aparente tudo se parece
Pois entre tantos nenhum amor acontece
E se sufoca em pane em meio ao ar respirável
Ou se morre de sede nadando em água potável
Somente por sorte ou por algum detalhe
Que um desses vetores no coração encalhe
Acendendo a chama a partir de um triz
No meio de tantas correntes de chances
Em que se flutue, se mova ou se plante
Pode surgir, num milagre, a chance de ser feliz.