Nada é em vão...

Chorei um amor perdido;

Chorei a juventude que se foi.

Lamentei o choro furtivo...

Mas tudo foi-se...

"Foi!"...

Tenho a experiência da dor

Mas ainda tenho sonhos

Não vou desistir do Amor

apesar de tão tristonhos

Sonhos...

Sorri, agora, lendo o que escrevi:

Tudo é efêmero na vida!

Percebo que agora menti:

Sonhos?... Tempo que perdi...

-- Não vou perdê-lo de novo!

'Nada é em vão: as experiências

são lições em minha vida!'

Mas, com certeza, as vivências

Serão todas repetidas!...

(Todas as desilusões...)

(Todas as sobre-vivências!...)

O amor arma ciladas...

E nem a experiência adianta

para imunizar, marcadas

As tão vãs, jaz esperanças!...

Torno a ler o que escrevi,

De novo torno a sorrir!...

Lembro de algo que eu li

e que quase sucumbi

de indignação ao ler:

"Mulheres inteligentes,

essas mulheres não amam:

Elas se deixam amar!"...

Mas lágrimas rolariam quentes,

queimando! Elas, as 'inteligentes'

são hipócritas! Enganar!

a si mesmas e aos viventes...

Nada é em vão e, nesta noite,

fiz-me reflexão...

Prefiro ainda sonhar

mesmo que a dor me açoite!

Prefiro eu inda amar

e viver uma paixão

mesmo depois vir chorar...

Com esta constatação

encerro a reflexão:

-- Eu não sou inteligente!...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 01/09/2008
Código do texto: T1157199
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