VEM!

Vem me arranha

na manha,

abocanha

meu eu,sou todo seu.

Ganha, lanha

meu corpo,

quebra o orgulho

e dá um mergulho

pra dentro de mim,

se assanha

gata selvagem,

me explora

na misteriosa viagem;

Implora

meu gosto,

devora

agora,

não chora,

sou seu,

vem!

Socorre meu lado

esqueça o pecado,

sou bicho cativo

sou ar

vulcão inativo;

Vem me arranha

na manha,

abocanha

meu eu;

Vem!

Eterniza o que é seu.

Andrade Jorge