Sempre Que Chegas
Tu chegas assim,
como a floração inesperada
na roseira adormecida
e tudo a tua volta se reveste
de cor e olor,
de luz compartilhada
em beleza definida.
Tu chegas de imprevisto
qual a brisa do ocaso
que surpreende as azaléias
com adágios de garoa
em noturnos madrigais.
E sempre quando vens,
sempre que chegas,
quem te espera, desespera
diante a tanta estrela inquieta
a luzir em teu olhar
e o amor em plenilúnio
no sorriso iluminado.
Tu chegas assim,
com promessas declaradas
de idílios e auroras,
e luar vestindo a pele
na vertigem dos lençóis...
Mas, também, trazes contigo
a inquietude das marés...
Porque, sempre onde chegas,
tudo é nada quando vais...