Viver

Quando uma rosa despetalar, o espírito
A dor existente enlaçar, não chores,
Por mim, batas palmas e cantes somente...

E nem cates pétalas no chão caídas
No vale do vento dormem as flores
Uma nota de tristeza eu não admito
Porque meu fim vida sempre será

Luto pela vida como luta um guerreiro
Nos campos desertos, canto-a como
O exato cancioneiro aos olhos dispersos

Com a alegria de minh’alma errante
Que a chama delirante não consumia
De mim fica apenas alguma nostalgia
Dos tempos idos, não aproveitados antes.

Fica ainda uma nostalgia à bela amante
Que eu amava enquanto trapaça fazia
Amei porque não amava ninguém como ela
De amor sincero, bandido e errante
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R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 30/08/2008
Reeditado em 31/08/2008
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