Ainda vou encontrar

Ainda vou encontrar...

O que não existe mais!

O que houve se sucumbiu.

Um dia ficou para trás.

Levou embora toda paz.

A reviravolta não foi capaz.

O fôlego se esvaiu...

Tua mão acariciando o corpo.

Envolvendo...fazendo louco.

De um arrepio a mercê.

Enchendo-se de prazer.

Ao futuro não quis se render!

Olhando para trás partiu.

Ficou na memória.

Ao tempo não resistiu.

Lembrança o que existiu.

Em nossos instantes de glória.

Foi o feitiço na pele.

Como aço no fogo derrete.

O desejo a quem compete?

O encanto que não se repete!

O que deixou de existir.

Não adianta querer.

Contra o tempo lutar.

Não adianta querer:

Contra o tempo lutar!

Não adianta querer.

Novamente os pedaços ajuntar!

É preciso novos anseios provocar.

Algo para evoluir procurar!

Com o que passou não mais insistir!

Um dia vou encontrar...

O que não deu certo.

Quem sabe ao menos tentar consertar.

O espelho de cabeça erguida olhar.

Algo além do passado de nada concreto.

Bons momentos foram o que restaram.

O sabor do teu beijo ficou.

Do teu corpo a sensação.

Dele também a explosão!

Da saudade a inspiração.

Em momentos se entrelaçaram.

Em nada se modificou.

O teu rosto me encantou.

O sabor da luxúria que agradou!

As tuas lembranças ficaram.

Para escrever um poema!

Tentando resposta para esse dilema.

É preciso dos outros duvidar.

Pelos erros cometidos não se culpar!

Um dia vou encontrar...

O que procuro em teu corpo realizar!

Tentar o medo do desconhecido sobreviver.

Em suas angústias então compreender.

Não ter do que se lamentar!

Por um sonho que se extinguiu...

Essa fase é passageira.

Em teu mundo a estrangeira.

O desejo destruiu!

Um sentimento que não soube persistir.

Foi necessário viver os desenganos.

A não concretização dos planos.

Os argumentos irão insistir.

Ainda vou encontrar...

O que não existe mais!

Com minhas mãos vou moldar.

Um novo mundo criar!

Com os desejos realizar.

Os sonhos mais íntimos.

Para quem segue passo a passo o dia.

Como se pagasse o dízimo.

Pode ser mera nostalgia.

Por algo que se almeja muito.

Ainda vou encontrar...

Os instintos em você canalizar.

Em teu corpo as fantasias realizar.

A tua pele arranhar.

Nela a minha tatuagem gravar.

Da tua tristeza tirar.

A tua alma libertar!

Com um gozo extremo.

Como um ser supremo.

Para mim tracei a meta.

Pois é nela que devo me espelhar!

Seguindo em frente uma linha reta.

Por motivos bobos sem me preocupar.

Confesso:

Será que é correta esta questão?

Prometo:

Um dia sair dessa solidão!

Rendo:

Por que tanta agitação?

A qual fui submetida.

Quem sabe um tanto distraída!

Um dia ainda vou encontrar...

Salvar-te desta prisão.

Que te sufoca em ilusão.

O teu mundo para o meu transportar.

Em minha realidade transformar.

Como a metamorfose...

Da colorida borboleta.

Que muda de fase.

Do casulo se liberta.

Minha alma ficará completa.

Um dia vou encontrar...

Com você poder me realizar.

Por um ponto final nesta missão.

Salvar de vez teu coração!

Fabby Lima
Enviado por Fabby Lima em 30/08/2008
Código do texto: T1153845
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