Ócio


As esquadras do mar desapareceram com o advento
Da tecnologia, lentas ao lenho das ondas,
Flores do passado, esquadras amadas, tronco
Que já se foi, rosa despetaladas, lusíadas sondas.

Tudo foi modernizado, barcos a motores no mar
A percorrer, só a chama do amor em nós a permanecer
Navegam-se milhas de profundidade e formam no fundo
Dos oceanos cidades para as maravilhas sobreviver.

Pontilhões nem se fala, tornaram-se coisa comum
Para o homem e cargas transportar, pasme! Sobre o mar
Até aviões daqui a pouco vão poder pousar!

Esse mar é meu, esse mar é nosso, socorro papai do céu
O que então é vosso? Meu amor, com certeza, vibrando
Com a natureza mostrando sua beleza o derradeiro ócio.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/08/2008
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