Dezembro

Suposto que se perdeu o esboço,

Então devemos refazer os traços,

Os planos e os ensaios

Tosco! Pensar sempre em desgosto!

Não aconteceu nada em fevereiro,

Menos ainda em agosto,

Mas se é de Seu gosto,

Que assim seja.

E dezembro quase acaba,

E meu coração dilacerado,

Bate cada vez mais acelerado,

Por sempre ser mal-amado!

Agora ele esboça um sorriso,

E sonha com abraços,

Sem pretensões,

Ou desilusões.

Mas dezembro vem a terminar,

E feliz eu encontro-me,

Mesmo sem certezas,

Mas pra que certezas?

Em dezembro eu te amo,

Em dezembro te possuo,

Todos os dias são dezembro,

E todos os mesmos te lembro.

O novo ano virá,

Talvez com ele você irá,

Mas chama-lo-ei dezembro,

Dezembro, longo dezembro, bom dezembro.

Nos seus braços eu me abandono,

Os princípios os largo no fim,

Do fim faço meu meio de sobrevivência,

Onde o único meio é você.

Pois sei o que é viver,

E a rotina deslancha nas ondas dos ventos,

Os mesmos que lhe trouxe,

Talvez o mesmo que te levará...

E talvez serei chamado de pessimista,

Mas é só um disfarce para diminuir uma possível dor,

Que no meu peito traz calor,

E dúvida do que realmente é o amor.

Sem medo de dizer,

Te chamo,

Te quero,

Pois acredito que te amo!!!

Osmar marques

Liomac
Enviado por Liomac em 29/08/2008
Código do texto: T1151467