A conquista
Disseste-me assim:
“Escuta a mim?
Dou-te uma rosa,
dai-me um dedo de prosa?”
Eu repliquei:
“Não aceitarei,
rosas são triviais
dai-me algo mais.”
Ficaste abismado,
te impressionaste
e por ter duvidado
retrucou: “O que falaste?”
“De certo escutaste,
entendeste o dito sim.
Rosas? É coisa de praxe!
Não dê uma a mim.”
“Então vou ao céu,
busco-te uma estrela
te contentaria se eu
a buscasse? Ia recebê-la?”
“E como tu vais?
Fale-me mais,
a traria de verdade?
Pois espero buscardes.”
“De certo a traria!
Vou num raio dum cometa,
volto no mesmo dia
então fiques a espreita!”
“Nem te conheço
somos-nos estranhos
e se eu padeço
a estrela esperando?”
“Que bobagem menina!
Se tu as tuas palavras não contê-las,
ah, de certo que para ouvir-te
traria-te todas as estrelas!”
"Então vai que te espero
e se voltares com uma na mão
pondero meu portar austero
e digo-te mais palavras então!"
*Talvez tenha continuação...