BUSCAS DE UM POETA

Poeta que viajas, também vagas

dos sub-terra-neos da Noite

aos ares do In-finito um dia,

poeta que, perdido, buscas, em plagas

tantas, a paz contra o açoite

do desamor e da orgia...

Atrás da sombra que tu vês, adeja

em torno da fraca luz tão fugidia

de um candieiro antigo, que ela beija,

mariposa da tua fantasia...

Abre teus olhos ao redor e olha

que tão frágil, assim, ela se desfolha...

Ergue teu olhar um pouco mais acima

e vê, que dos teus maRios do Uni-Verso,

nem mais mariposa, borboleta ou menina...

Que do céu azul, da luz do dia, emerso

Silfo brilhante de asas transparentes

abre-te ondas de energia borbulhantes...

Segue novos caminhos, busca eterna

de outros horizontes, vai, caminha...

Chega-te ao verão e à primavera,

passou-te o tempo de tristeza e hiberna,

que o Anjo do Senhor que te acarinha,

indica-te o viver em Nova Era!...

(Em resposta ao poema "Busca Eterna", de Gustavo Dourado)