ATE QUANDO
De Jorge Paulo
Até quando
o amor lânguido, fugaz,
fogoso,
permanera, escondido, travestido
em saudade
Até quando
viveremos de aparência,
apesar de tanto amor
enrustido na existência
Até quando
motivos banais vão querer nos apartar,
quando ainda temos
tanto carinho a nos fartar.
Até quando
sofreremos essa monta.
Vamos terminar nossos resquícios,
e por um fim no faz de conta.
Até quando
represar tanto calor
Pois tenho medo, que o tempo
desfaleça o nosso amor
Até quando
venerarmos o passado,
quando estamos tão presentes,
e vivemos lado a lado.
Cadê a chama
Que aquecia a existência
dos frutinhos, das sementes
dos filhinhos tão contentes.
Cadê a chama
Que queimava tanto em nós,
Que ardia em todas as horas,
e acalentava nossa voz.
Como fazer
para poder voltar o tempo,
rememorar tantas passagens
e trazermos mais alento.
Quantas situações inesquecíveis
testemunharam o nosso diário.
que selaram os nossos laços
sempre fortes, mais sensíveis.
Como fazer,
para temperar melhor o agora
e de uma só vez,
ter todos os sabores,
que nos marcaram de gloria
Nos empolgamos,
vivemos juros de emoções,
é chegada a nossa hora,
de aplicar as correções.
Já nos fartamos
em banquete de paixões,
que foram comemorados,
com gostosas emoções.
Entre-nos,
não ouve intrigas,
só paciência, compreensão.
com fé, muita esperança,
nos faremos a união.