Onde o amor devia estar...
Neste fim de tarde cor de escarlate
Contemplo a vida sem pressa alguma
Sei que em meu coração a paixão bate
A mente flutua sem ansiedade nenhuma
Vejo a cidade se iluminar aos poucos
Suas cores se transformando em luz
O caótico vai e vem absurdo, quase louco
De anônimos, que em pressa se traduz
Sinto um vazio uma solidão atenuada
Um sentimento de querer o tempo parar
Ver a cidade ser assim abandonada
Pelos que somente amanhã vão voltar
A noite que se avizinha triste e escura
Maldiz meus pensamentos distantes
Noite longa, eu desejo sua abreviatura
E me traga a emoção como era antes
Cansado, olhos pesados e perdidos
Tendo o sono a me convidar a sonhar
Viajo no tempo que gostaria ter vivido
Um tempo onde o amor devia estar