Conspiração de versos

Uma tenra e saborosa conspiração de versos

faz sua assembléia em minha alma.

Nela apenas sou o instrumento que dá voz a

esses versos que caem pausadamente,

como se a tinta que os torna vivos

fosse mesmo o meu sangue.

Não o vermelho que corre em minhas veias, mas

o azul como o do céu da primavera que se aproxima.

Minha alma é apenas um velho baú

onde esses versos são guardados e que

de momentos inesperados como esse afloram.

Não importa se eu, seu instrumento de uso,

esteja a ler uma belíssima entrevista

de Lygia Fagundes Telles, pois sei

que a inspiração do título desse poema

que vós fala pela minha voz e escrita

veio de sua “Conspiração de nuvens”.

Afinal, o que realmente importa,

são esses versos que compõem

o todo desse belo poema.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 25/08/2008
Código do texto: T1145674
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.