Jogo de sedução

A malícia do teu olhar

desnuda-me

sem nada dizer.

Nele, sinto a cobiça

do teu louco querer...

Teus dedos

percorrem-me a pele

atrevidos,

travessos...

cada vez que param

imploro

pelo recomeço.

Tua boca,

sem nada dizer,

explora a minha

numa sede

infinda...

Balbucia tolices

embriagadas

de adrenalina.

A tara das tuas mãos

vetam qualquer recusa

dos desejos meus...

E sem nada dizer

em segundos mapeia

as sensações que me rendem

E nossos corpos se prendem

como se fossem teias

num jogo

de pura sedução.

(Sirlei L. Passolongo)

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