COR DE CHOCOLATE
de Jorge Paulo
fico mudo,
prostrado num abate,
com seus dentes de marfim, e essa cor de chocolate
fico mudo
com os olhos de flechada,
dois faróis tão bem acessos, de mulata encantada
fico mudo
da beleza que lhe cobre,
desse corpo bem vestido,
desse amor que me sacode.
fico mudo
do gingado dos seus passos,
admiro os seus cabelos, muito mais todos seus cachos
fico mudo
desse porte de princesa,
tão humilde e tão altiva,
que tremeu a realeza.
fico mudo
desse dengo que ostenta,
me devora, me enlouquece,
me agita e me atenta
fico mudo
com seu jeito de candura,
um portal da natureza,
e um corpo de escultura
fico mudo
dessa luz que irradias
iluminam meus caminhos
minhas noites e os meus dias.
fico mudo
vivendo enciumado
dessa cor, desse bronzeado,
desse gosto de pecado.
de Jorge Paulo
fico mudo,
prostrado num abate,
com seus dentes de marfim, e essa cor de chocolate
fico mudo
com os olhos de flechada,
dois faróis tão bem acessos, de mulata encantada
fico mudo
da beleza que lhe cobre,
desse corpo bem vestido,
desse amor que me sacode.
fico mudo
do gingado dos seus passos,
admiro os seus cabelos, muito mais todos seus cachos
fico mudo
desse porte de princesa,
tão humilde e tão altiva,
que tremeu a realeza.
fico mudo
desse dengo que ostenta,
me devora, me enlouquece,
me agita e me atenta
fico mudo
com seu jeito de candura,
um portal da natureza,
e um corpo de escultura
fico mudo
dessa luz que irradias
iluminam meus caminhos
minhas noites e os meus dias.
fico mudo
vivendo enciumado
dessa cor, desse bronzeado,
desse gosto de pecado.