Alva mocha
À noite entre as árvores ouço rumores
De crepitantes astros que pelo vento
São afugentados, rumo ao oceano descem
As montanhas como não confiassem
Ao alvorecer a ordem para migrar-se.
Adolesce a erva. E pelo rego a água passa
Reinicia-se o planeta feito um vocábulo
Interceptado. E do céu caem às nuvens
E arrastam-se na estrada pelas águas
De março esburacada.
Pela murmurante folhagem atravessa
O pio duma alva mocha, sedentária amiga,
Que de pálpebras fechadas vigia o planeta
Desamparado nessa luta a vida descambada.
À noite entre as árvores ouço rumores
De crepitantes astros que pelo vento
São afugentados, rumo ao oceano descem
As montanhas como não confiassem
Ao alvorecer a ordem para migrar-se.
Adolesce a erva. E pelo rego a água passa
Reinicia-se o planeta feito um vocábulo
Interceptado. E do céu caem às nuvens
E arrastam-se na estrada pelas águas
De março esburacada.
Pela murmurante folhagem atravessa
O pio duma alva mocha, sedentária amiga,
Que de pálpebras fechadas vigia o planeta
Desamparado nessa luta a vida descambada.