SÓ
Dia chuvoso e cinzento,
deixa-me triste e calado,
Ouço o som do vento, o silêncio,
a chuva batendo no telhado.
Cigarras, elas emudeceram,
Àrvores não cessam de chorar,
os pirilâmpos desapareceram,
pássaros deixaram o cantar.
Da janela observando a chuvarada,
avenidas da orla praiana, vazias...
passos trôpegos de um ébrio na calçada,
ondas batendo nas rochas, bravias...
Não me importam a chuva e o vento,
ou a neblina a tudo esconder.
Me dói no peito, este longo tormento,
tristes momentos,só, até o amanhecer!