Quando é amor...
Os seres humanos na sua sublime e exclusiva oportunidade de poder senti-lo, por vezes acabam por confundi-lo.
Mas quando é amor de verdade, nos sentimos assim...
Quando ele está presente, nos separamos de tudo, nos purificamos do mundo.
Estamos sempre prontos a tudo.
Ele coloca em nós a responsabilidade da pureza.
Esperarmos e porque não, nos prepararmos para sua chegada.
Nosso desejo muda e passamos a ser dois em um.
Parte de nós começa a estar sempre no outro.
Não importa onde estivermos, pois o outro sempre estará em nós.
Por vezes até sentimos o seu cheiro, mesmo que só a tenhamos uma única vez ou por alguns minutos.
O amor exala o perfume e multiplica os sabores.
Ele põe em nós valores e uma nova postura.
Uma delas é poder enxergar por dentro, o que não se vê por fora.
Fidelidade, amizade, respeito, companhia, cumplicidade, amizade e porque não dizer; a saudade...
Algo que transcende a qualquer par de coxas, ou de porte físico bem definido.
Pois um dia ambos vencidos pelo tempo, não terão mesmo o vigor.
Já os valores internos se forem moldados com o amor, juntamente com ele permanecem.
Enquanto lhe escrevo, encontro-me por voltas dessas horas, sentado em um banco na Av. da Liberdade aqui em Lisboa.
Logo, se estando eu na “Liberdade”; faço-lhes uma pergunta:
O quanto isso tudo que escrevi acima, reside em ti?
Pois em mim o amor é hospede por vários anos.
Mesmo que por ele eu viva lutando e esperando a outra parte de minha fusão.
Para que assim entregue a ele o amor, o meu coração.
(Quando é amor...)
Paulo Cantagalo – Portugal, Lisboa 05/05/2008 – 15:10h