A CHAVE
Ah! Eu poderia ser teu sonho, a quimera,
a sua metade doce - aquela mais sincera.
Talvez um vento, lamento, o teu silêncio.
Quem sabe teu extâse...algo que amasse,
uma peça ou a chave que te desvendasse
Eu poderia ser teu pranto...ou teu sorriso,
teu canto, um poema, um lema ou ternura,
chuva miúda, um encanto, a tempestade.
Qualquer coisa aceitável ou até sem juízo.
Ah! Eu poderia ser teu mel... a tua doçura.
Entanto, resto aqui, só, presa da saudade
de, sem ti, viver eternamente em clausura
Silvia Regina Costa Lima
31 de julho de 2008