BRINCANDO COM TERRA
No meio desta folha
Seu sorriso
Que atravessa caligraficamente
Estas paredes de se conter e estar
Propõe o amanhecer.
Seu olhar...
Orvalho de brilho e festa
Me chama para além destas portas e portão.
Suas mãos...
Que decididamente brincam com terra
Num aceno me chamam ao chão
Onde perder-se é achar-se
Ao que diluo-me água
Escorrendo desta folha
Para suas mãos
No decidido de misturar-me
Inteirar-me
Até um cheiro forte e agradecido subir ao ar.
E do fio ora tenue
Ora caudaloso
Do que escrevo
Seu nome se prenuncia
Na certeza de rio
Que tende a mar.