ATRAVÉS DO TEMPO
De tempos em tempos,
deixamos soar trombetas,
como se anjos deixassem
suas melodias espalhadas
trazendo nas asas o farfalhar,
nas vestes alvas a pureza
que se denuncia na clareza,
tendo a suavidade como meta,
a delicadeza do vôo observada,
apreciada em seu movimento
prolongada prazerosamente
num cair de tarde suave,
enquanto vespertinamente a noite
se adentra serena ante à brisa,
e sopra o vento e os anjos bailam,
como se cânticos preenchessem
a vida deles e a nossa de festa,
a noite se aninhando na penumbra
depois não se pode mais ver os anjos,
chega o sono povoado de sonhos
e somos felizes por um breve instante.
2.003