UM MUNDO A SUBLIMAR
Esmorece minh’alma à tanta dor multímoda,
Rompe as vísceras do meu corpo em paixão,
Como esta existência para mim é tão sofrida!
Gravame molesto, tormenta do meu coração!
Viceja lástima esta flor incauta da minha vida,
Em bálsamo inodoro esparge lôbrega ilusão,
É o fardo a carregar que a sorte me convida...
Triunfar na tristeza, ferir a minha ambição.
Momentos de aflição já não pedem guarida,
Postura do vil sestro sempre em prontidão,
É a voz que clama aos anseios, destemida...
Na busca da felicidade, prazer em multidão.
Notórios átimos tristes que faço desta lida,
No afã de um mundo melhor em sublimação.
Rivadávia Leite