Bendito homem, Amado Poeta!
Minha inesquecível paixão!
Nomeaste-me Ousada.
Sou sua transparente Maria.
Presente em seus delíros!
Não sou sua razão!
Desnuda-me a alma, aguça minha ira!
Sou sua atrevida parceira, uma menina arteira!
Também mulher feiticeira!
Linda na sua imaginação, sou apenas sua idealização!
Sou a Poeta dos seus versos catados. Tão apurados!
No seu silêncio pontuado ou , em seus sonhos,
Sou sua perdição e sua violação!
Sou a busca por seus movimentos mais íntimos...
Descobertos entre espaços . . .
Disfarçados em poder e alegria ,
erotismo desmedido, um tanto de fantasia!
Entre o sagrado e o profano
Bendito Homem!
Amado Poeta!