Outro não há
Não há outra pessoa,
Que me faça tão bem.
Que me faça sorrir, á toa,
E me deixe com o olhar perdido, a procurar.
Não há outra pessoa,
Que arranque de minha boca,
Suspiros tão apaixonados.
Ou que mexa comigo assim,
De um modo tão exagerado.
Não há outra pessoa,
Que habite meu pensamento,
Por todo o tempo,
Devorando-me por dentro.
Não há. Outro não há.
Que me faça delirar,
Que instigue meus desejos,
Com tanta voracidade.
Não há outro que suscite
Meus instintos mais selvagens.
Que me penetre, com tanta intensidade.
Atingindo minha alma,
Tocando a margem,
Da minha feminilidade.
Não há outro que faça
Eu me sentir tão mulher.
Que desvende meus segredos,
Que dissipe meus medos.
É só teu este poder
De revelar o que há de melhor em mim.
É só teu o meu querer,
E será assim,
Enquanto eu viver.