CÚMPLICE DOS MEUS AIS
Numa manhã, em pensamentos longos, tentando juntar palavras que não formam frase alguma; vejo o sol acesso entrando nas fendas da janela do meu quarto; abro os braços, preguiçosa, saudosa..., permaneço assim, Minutos ou horas? Não sei.
O relógio não pára e não fala; quisera eu um diálogo com os ponteiros... Quem sabe eles compreender-me-iam?
Ardentes sonhos,
Fértil mente,
Amor acumulado,
Descontente alma pura,
Sol de verão em dias isolados... Entrego-lhe tudo, poesia, cúmplice dos meus ais (Áurea de Luz)