Carrossel

O que te posso negar,
se no meu pobre olhar
não há mais o que esconder:
o Mar, o Sol, o Vento, a Chuva
O pilão de moer?
Serei sempre o teu delinqüente cinzel:
beija-me com essa tua boca de mel!

O Mar te salga,
o Sol te queima,
o Vento espalha a areia,
dos castelos teus!
A Chuva molha o corpo seco
O pilão te doeu.
Eu te entrego, orgulhoso,
meu sonho fiel:
um Amor sem caneta ou papel!

Entenda este meu grito lido,
este meu pedido,
que vou te fazer:
não deixa esse sorriso lindo envelhecer!
Eu te aceito, Princesa,
no meu carrossel,
se me admitires no teu dossel.