Teu sorriso, pura pétala em jardins de pedra,
floresce em manhãs de cinzento tédio,
corta a rudeza da rocha sólida
diamante intrépido...
És senhora da mágica perdida
corpo invisível e lépido,
deusa pagã...
invades os sentidos, revives o passado
oculto no sabor das maças.
De herança deixo-te o paraíso do ócio,
calada língua pontilhada de enigmas...
tu és simples como orgasmo de menina,
falas pela minha boca com intimidade divina.
Difícil ver-me longe de ti, deserto de tua nau
os mares antes sonhados, agora perto
como quintais devassados, roupas no varal...
Nossa vida é um subúrbio honesto
onde vivemos cotidianas cerimônias...
tragicamente apaixonados como um par medieval.
floresce em manhãs de cinzento tédio,
corta a rudeza da rocha sólida
diamante intrépido...
És senhora da mágica perdida
corpo invisível e lépido,
deusa pagã...
invades os sentidos, revives o passado
oculto no sabor das maças.
De herança deixo-te o paraíso do ócio,
calada língua pontilhada de enigmas...
tu és simples como orgasmo de menina,
falas pela minha boca com intimidade divina.
Difícil ver-me longe de ti, deserto de tua nau
os mares antes sonhados, agora perto
como quintais devassados, roupas no varal...
Nossa vida é um subúrbio honesto
onde vivemos cotidianas cerimônias...
tragicamente apaixonados como um par medieval.