NOITE DE SULTÃO
Abri os olhos e de repente já estava lá;
Provocações a me assaltar, convites da sedução;
Seria uma alucinação? Estaria eu a delirar?
Ou será que mergulhei num mar de voraz sensação?
Meus olhos dançaram ao ritmo ditado pelo coração;
Na mais autêntica emoção de se estar a visitar o paraíso;
Como se fora o destino me dando aviso, que ali chegara minha noite de sultão;
Era suficiente vinho e pão, para abastecer a mesa do desejo mais lascivo!
Ali estava o sindicado das delícias, aquilo era a conferência dos sabores;
Com todas as nuances e cores, métrica perfeita à minha fantasia;
Meu corpo reagiu com euforia, me embriaguei no cálice dos amores;
Amparado pelo vôo dos vigores, dei ao meu paladar aquela crônica magia!
Assim me vi naquela noite, assediado por instintos;
Solto em labirintos, repletos de musas feições;
Dilacerei todos os cordões que asfixiavam anseios já extintos;
E meus sentidos famintos se inebriaram de fartas refeições!