NOITE DE SULTÃO

Abri os olhos e de repente já estava lá;

Provocações a me assaltar, convites da sedução;

Seria uma alucinação? Estaria eu a delirar?

Ou será que mergulhei num mar de voraz sensação?

Meus olhos dançaram ao ritmo ditado pelo coração;

Na mais autêntica emoção de se estar a visitar o paraíso;

Como se fora o destino me dando aviso, que ali chegara minha noite de sultão;

Era suficiente vinho e pão, para abastecer a mesa do desejo mais lascivo!

Ali estava o sindicado das delícias, aquilo era a conferência dos sabores;

Com todas as nuances e cores, métrica perfeita à minha fantasia;

Meu corpo reagiu com euforia, me embriaguei no cálice dos amores;

Amparado pelo vôo dos vigores, dei ao meu paladar aquela crônica magia!

Assim me vi naquela noite, assediado por instintos;

Solto em labirintos, repletos de musas feições;

Dilacerei todos os cordões que asfixiavam anseios já extintos;

E meus sentidos famintos se inebriaram de fartas refeições!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 19/08/2008
Código do texto: T1135261
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