Vida de Vidro

É, eu sei...

Nas minhas palavras palpitam temporais.

Escrevo vida, de vidro, inútil.

Rabisco luas, sem graça, nuas...

Desenho estrelas em olhos comuns...

Deixe-me ser líricamente fútil!

Ahhh!

Mas meu corpo...

Meu corpo é uma folha branca

Desesperadamente pura

Sob a caligrafia firme das tuas mãos suspensas....

É, eu sei...

Somos sonhos....

Eu sei...

Lanna Agda
Enviado por Lanna Agda em 18/08/2008
Reeditado em 18/08/2008
Código do texto: T1134652