Vida de Vidro
É, eu sei...
Nas minhas palavras palpitam temporais.
Escrevo vida, de vidro, inútil.
Rabisco luas, sem graça, nuas...
Desenho estrelas em olhos comuns...
Deixe-me ser líricamente fútil!
Ahhh!
Mas meu corpo...
Meu corpo é uma folha branca
Desesperadamente pura
Sob a caligrafia firme das tuas mãos suspensas....
É, eu sei...
Somos sonhos....
Eu sei...