Busca da poesia
Fiz versos sobre o cotidiano, me esqueci que para a poesia
Não há morte nem vida, que diante dela a vida é uma estrela
Inerte e nada significa. Que não podem ser levados
Em contas relações, datas importantes e imprevistos pessoais.
Fiz poesia idolatrando o corpo, esse formidável, completo
E adequado corpo, tão infesto a cocção romântica
Tua gota de bile, teu gesto de encanto ou de agonia
Nada significam. Qualquer sentimento não deveria revelar,
Porque sobressai ao dúbio e se aventura a longa estrada.
Pois o que penso e sinto, ainda não constituem poesia.
Cantei a cidade quando não era para cantar
Esqueci-me que o canto não podia ser confundido
Com a oscilação das máquinas, com os mistérios dos edifícios
Com a melodia comercial nem ruído das águas no mar.
O canto não pode ser confundido com a natureza
Nem com os homens vivendo em sociedade.
Vive em si alheio a tudo e o que as cosas inspiram não é poesia...
Fiz versos sobre o cotidiano, me esqueci que para a poesia
Não há morte nem vida, que diante dela a vida é uma estrela
Inerte e nada significa. Que não podem ser levados
Em contas relações, datas importantes e imprevistos pessoais.
Fiz poesia idolatrando o corpo, esse formidável, completo
E adequado corpo, tão infesto a cocção romântica
Tua gota de bile, teu gesto de encanto ou de agonia
Nada significam. Qualquer sentimento não deveria revelar,
Porque sobressai ao dúbio e se aventura a longa estrada.
Pois o que penso e sinto, ainda não constituem poesia.
Cantei a cidade quando não era para cantar
Esqueci-me que o canto não podia ser confundido
Com a oscilação das máquinas, com os mistérios dos edifícios
Com a melodia comercial nem ruído das águas no mar.
O canto não pode ser confundido com a natureza
Nem com os homens vivendo em sociedade.
Vive em si alheio a tudo e o que as cosas inspiram não é poesia...