O TEU OLHAR
Brasília-DF, 15/08/2008
De repente ...
Meu olhar,
Na multidão perdido,
Aos cuidados do caminho distraído,
Como num raio lancinante,
Num brilho ofuscante,
Ele, meu olhar, se cruza ao teu.
E, como uma lança,
Cuja ponta embebida de veneno,
Pelos olhos adentrando,
Com uma força estonteante penetrando,
Que a íris não consegue controlar.
Atravessa ,velozmente, o nervo ótico,
Passa o cérebro como um corrimão,
Caminha pelo sangue
E, inexoravelmente,
Atinge o coração.
- Como sou fraco
Diante desse poderoso olhar!
- O brilho dos teus olhos
Me instiga a tantas coisas boas
Que ao teu lado posso viver!
Que a adrenalina,
Como defesa se coloque,
Circulando ferventemente
Ante a esse fulminante ataque.
Pois meu corpo é vulnerável
E agora não consigo pensar
Em outra coisa,
Senão no teu olhar.