Retalhos Antigos



Juntei tantos retalhos antigos
Sem conseguir formar um todo.
Trapos em desalinho guardados
Hoje, veludos ao meu coração.

Eu queria acalmar as mágoas
Das sombras do meu passado
Tanto me desabei em águas
Provocada à dor da desilusão.

Tanta sofreguidão por tolice!
Querendo morrer de paixão
Consequência boba da meninice
Querer ser a própria razão.

Hoje mostro à minha menina
A beleza e os tons do meu amor
Um beijo de amor apaixonado
Suores de um corpo em torpor.

A rubra cor do coração ritmado
A paixão que tece ninhos de amor
Realizando sonhos, vivendo a ilusão
Sentindo febre aos delírios da paixão

O doce mistério da vida ao amar!
O carinho do amor incondicional,
Na embriaguez florescendo a libido
Num simples aperto de duas mãos.

Quantas coisas queria mostrar, contar!
Em tempo renasce minha doce menina
Na poesia e na mulher a menina amor
E os retalhos antigos? Ficarão ao chão.


09/08/08