INFINITO EM FORMA DE AMOR
Se eu for falar do meu amor, não vou parar até morrer;
Pois vai além da vista a se perder, pois mede o que nem se mensura;
É mais delirante que a própria loucura, mais iluminado que o amanhecer;
Mais doloroso que o sofrer, porém mais valoroso que a bravura!
O meu amor explode por segundo e lança flores nos universos;
Detém em si mundos submersos, edifica sorrisos em gotas de pranto;
É consultor dos encantos e embaixador dos magníficos versos;
É um palácio de corredores abertos, onde habita o trono dos acalantos!
Amor maior que o meu seria fábula, falar de seu ocaso é puro mito;
Já disse e repito: ninguém lhe pode mensurar;
Porque ele engole o mar e em cada célula comporta o infinito;
Livro que não foi escrito, no aguardo de palavras maiores por se inventar!
O meu amor é uma metáfora de realismo exacerbado;
É um ineditismo figurado, porque não tem comparativo;
Um multiplicado superlativo, um oceano visitado a nado;
Mas nem por isso é desamparado, pois meu amor mora contigo!