INFINITO EM FORMA DE AMOR

Se eu for falar do meu amor, não vou parar até morrer;

Pois vai além da vista a se perder, pois mede o que nem se mensura;

É mais delirante que a própria loucura, mais iluminado que o amanhecer;

Mais doloroso que o sofrer, porém mais valoroso que a bravura!

O meu amor explode por segundo e lança flores nos universos;

Detém em si mundos submersos, edifica sorrisos em gotas de pranto;

É consultor dos encantos e embaixador dos magníficos versos;

É um palácio de corredores abertos, onde habita o trono dos acalantos!

Amor maior que o meu seria fábula, falar de seu ocaso é puro mito;

Já disse e repito: ninguém lhe pode mensurar;

Porque ele engole o mar e em cada célula comporta o infinito;

Livro que não foi escrito, no aguardo de palavras maiores por se inventar!

O meu amor é uma metáfora de realismo exacerbado;

É um ineditismo figurado, porque não tem comparativo;

Um multiplicado superlativo, um oceano visitado a nado;

Mas nem por isso é desamparado, pois meu amor mora contigo!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 13/08/2008
Código do texto: T1126078
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