ENVELHECENDO 

Odir & Eritânia Brunoro

A despedida minha é ao teu lado,
a minha vida em ti entrelaçada.
Porque sozinho eu não serei estrada
nem alento nenhum me será dado.

Esmorece-me o corpo, acostumado
em ser ordeiro, a não sofrer de nada,
pelas brechas da vida em escalada,
o coração batendo compassado.

Do futuro não sei de meu legado.
Do presente eu sei só que estou de andada.
Dos amores vividos o nonada
em meio às más lembranças do passado.

No pouco em que habito conformado,
a cada dia morro a morte errada
de uma vida vivida em derrocada,
contando o tempo para mim marcado.

Odir, de passagem
12.08.08