ALMA
Nada estava do jeito que havia sido deixado.
Com o passar do tempo. Tudo se apodreceu.
O meu “MUNDO”. O Meu espaço encantado.
Depois de perder muitas batalhas. Desapareceu.
Minha Alma se tornou um grande nada.
Tudo aqui dentro ficou escuro, e frio.
Rastejando estou. Nesta estrada marcada
pelas águas lamacentas de um velho rio.
Rio este que, a muito, já foi fonte de vida.
Vida em abundancia. Mas que hoje secou.
Em meio às pedras, vejo historias esquecidas
por uma pessoa que partiu e jamais voltou.
Vejo enfim. O que parece ser uma saída.
Mas. Era apenas uma ilusão a ser esquecida.
Ilusão que não da mais para ser vivida.
Em meio aos restos mortais de outras poesias.
Fico a observar as várias faces e as ousadias
que a Morte me apresentou nestes últimos dias.