TUA ALMA

Tua alma, que me deixas conhecer aos poucos,

Tem o encanto que vem da própria natureza...

Ao, simplesmente, soar a minha voz,

Ela se abre inteira e pura, sem receios,

Assim, como se abre uma delicada flor,

Ao incidirem nela os raios do sol...

Emite como que uma intensa luz

Que, enternecido, capto, a fazer dela

A ajuda constante na caminhada da vida,

O complemento de que a minha própria alma,

Em sua solidão e melancolia, necessitava...

Ah, essa alma que me encanta, doce menina,

Que, de maneira suave e quase imperceptível,

Coloca em meu coração os versos que escrevo...

E tudo, então, por um momento se confunde;

Tua alma, a minha, a poesia, esse amor,

Tão iguais, em suas tênues diferenças,

São, no fundo, detalhes de um mesmo quadro,

Partes de um todo que, uno e indissolúvel,

Compõem, numa atmosfera de pura magia,

A estrutura interior de mim mesmo...

E. tal é o efeito que me causa,

A ponto de, ao ler o pleno conteúdo

Dessa maravilhosa fonte de amor,

Meu coração descobrir, em sua essência,

O verdadeiro significado da felicidade.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 12/08/2008
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