TUA ALMA
Tua alma, que me deixas conhecer aos poucos,
Tem o encanto que vem da própria natureza...
Ao, simplesmente, soar a minha voz,
Ela se abre inteira e pura, sem receios,
Assim, como se abre uma delicada flor,
Ao incidirem nela os raios do sol...
Emite como que uma intensa luz
Que, enternecido, capto, a fazer dela
A ajuda constante na caminhada da vida,
O complemento de que a minha própria alma,
Em sua solidão e melancolia, necessitava...
Ah, essa alma que me encanta, doce menina,
Que, de maneira suave e quase imperceptível,
Coloca em meu coração os versos que escrevo...
E tudo, então, por um momento se confunde;
Tua alma, a minha, a poesia, esse amor,
Tão iguais, em suas tênues diferenças,
São, no fundo, detalhes de um mesmo quadro,
Partes de um todo que, uno e indissolúvel,
Compõem, numa atmosfera de pura magia,
A estrutura interior de mim mesmo...
E. tal é o efeito que me causa,
A ponto de, ao ler o pleno conteúdo
Dessa maravilhosa fonte de amor,
Meu coração descobrir, em sua essência,
O verdadeiro significado da felicidade.