Vermelho, da cor do pecado
Tuas palavras obscenas me atiram
ao fundo do poço dos
desejos onde um Sátiro contemporâneo
toca a sua flauta e
os meus delírios.
É como se a linha tênue do erotismo
rompesse alguns fios de um
enlace prestes a acontecer
e fizesse de mim uma Serva delirante.
O sangue febril que corre pelo
meu corpo fez com que a
Poetisa colocasse na gaveta
os belos poemas de amor
e tentasse forçar a pena
a escrever um traço de erotismo,
raro em sua poética.
Forçar aqui na delicadeza
da cor púrpura em minha pele.
De tuas mãos leio palavras
que fariam corar um puritano,
afinal estou sendo entregue
a um Libertino que toca
nos pontos certos e desvenda
de mim segredos nunca
dantes revelados.
Vermelho, da cor do pecado,
como o sangue que se perde
em minhas veias e a doce
maçã que não te furtas a me oferecer.
O Banquete?
Bem, será oferecido por uma
Bacante que, discípula de um
Mestre “ainda” desconhecido se
oferta por inteiro e intensamente.
Que Baco nos receba!