Vermelho, da cor do pecado

Tuas palavras obscenas me atiram

ao fundo do poço dos

desejos onde um Sátiro contemporâneo

toca a sua flauta e

os meus delírios.

É como se a linha tênue do erotismo

rompesse alguns fios de um

enlace prestes a acontecer

e fizesse de mim uma Serva delirante.

O sangue febril que corre pelo

meu corpo fez com que a

Poetisa colocasse na gaveta

os belos poemas de amor

e tentasse forçar a pena

a escrever um traço de erotismo,

raro em sua poética.

Forçar aqui na delicadeza

da cor púrpura em minha pele.

De tuas mãos leio palavras

que fariam corar um puritano,

afinal estou sendo entregue

a um Libertino que toca

nos pontos certos e desvenda

de mim segredos nunca

dantes revelados.

Vermelho, da cor do pecado,

como o sangue que se perde

em minhas veias e a doce

maçã que não te furtas a me oferecer.

O Banquete?

Bem, será oferecido por uma

Bacante que, discípula de um

Mestre “ainda” desconhecido se

oferta por inteiro e intensamente.

Que Baco nos receba!

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 11/08/2008
Código do texto: T1123439
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