O depois...

Não posso dizer que sobrevivo ileso

Que não me transformo um pouco a cada investida

São sutilezas às quais me reservo

De ser explícito

Menos discreto no trato com quem convivo

Não posso dizer que tomo como exemplo

Literalmente...

A todo tempo

Só quando dói mais significativamente

Quando deixa marcas mais duras na mente...

Claro que se aprende!

Quase nem lembro dessa “parte boa”

Talvez seja coisa do que há em mim de auto destrutivo

De ver remoído os reveses

De se estar lembrando o que não deve

O olhar melancólico sobre o passado, amargura...

Porém para isso há cura

O passar dos dias... Dos meses... Dos anos...

...E isso vai sumindo no horizonte

Volta-se quase ao que era antes...